Meu Diário Oficial. Aqui fica registrado o que acontece com meus vários ' eus ' . No mais, não tem mais nada.
domingo, 2 de março de 2014
Algo sobre voltar.
Voltei.
Sem medo, coloquei minha mochila cheia de lembranças nas costas e voltei.
Só pra constar, passei bons tempos desde a última vez. Maus também.
Parando pra analisar direitinho, acabo percebendo que muita coisa mudou, mas também muita coisa continua exatamente como era.
Talvez não fosse esse o sentido original das coisas, mas foi assim que aconteceu.
Nem sei se foi bom.
Ir e vir é muito mais complexo do que parece.
Não se trata apenas disso.
Ir e vir é deixar sonhos pra trás, às vezes, também é ser deixado.
É, por mais que queira muito, mas muito mesmo, não conseguir acompanhar o andamento ( às vezes rápido demais pra nossas pernas, é verdade ) natural das coisas.
Cada escolha, uma renúncia, sempre! Se vai, deixa. Se fica, perde.
É tanto sonho, tanto plano, às vezes acaba confundindo entre realidades tão diferentes.
A busca pela riqueza, seja ela qual for, misturada à ganância, é cavar o próprio buraco.
É um caminho perdido que, não sei por que cargas d'água não se perde de uma vez.
A riqueza tira o homem da pobreza mas não traduz seu coração e nem traz sua nobreza.
O "julgar" é uma tristeza, felicidade é uma trilha estreita que, para muitos é que somos pelo que temos, mas para poucos, temos pelo somos.
O homem que não se decide, não sabe a direção.
Ir, vir, ficar, permanecer.
Inércia?
Falta de coragem?
Sei lá, já falei tanto que ia mudar que a falta de mudança me tornou mais inerte, mesmo que eu não perceba.
Parece que isso tá inerente a mim.
Vai saber.
Tempos difíceis eu sei que virão, mas não há mal que não traga um bem.
Nenhuma tempestade é tão forte que resista ao amanhecer.
Cada dia é um novo dia, uma folha em branco pronta pra ser escrita, ou reescrita.
Eu decido.
E decidi voltar pra muita coisa que tinha largado pra trás, o que me fez ( por sorte, ou não ) largar muitas outras coisas que eu insistia em carregar.
Peso morto.
Talvez o "velho" não seja tão velho assim.
Talvez o novo seja só uma espécie de pintura, daquelas mais baratas que sai com água e sabão, e eu tenha sido enganado.
Se me engana uma vez, a culpa é sua. Se me engana duas vezes, a culpa é minha.
Voltar atrás não parece ser tão ruim assim.
Nesse caso, qualquer coisa, menos regressão.
Preciso reavaliar meus pré-conceitos sobre algumas coisas.
E reformular o pós.
Ou talvez eu só precise deixar pra lá, assim mesmo, sem explicação.
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