Eu passei tantos anos da minha vida tentando entender porque estou aqui, tentando esconder sentimentos que às vezes parece explodir dentro de mim, sentindo vergonha dos planos que fiz e faço pra o futuro, que bobagem, todo mundo sonha em ser feliz.
Tenho medo do que ainda esta por vir, mas não me arrependo de nada, provei, conheci, acertei, errei e não foram poucas vezes, mas aprendi. E aprendi também que ser bombardeado de todos os lados, ouvindo o que é certo ou errado, não é muito legal. Todo mundo sabe o que é melhor, mas pros outros, se fosse o contrário, não haveria ninguém lamentando erros, algumas vezes bobos, mas que mudaram o rumo da história, da nossa história. Com tudo isso, vi que a única certeza, certa de verdade é a que temos de viver. Viver de alguma forma, mas, não necessariamente de uma só, é preciso mudar, mas não esperar que os outros mudem. É muito simples, não existe a menor possibilidade de mudarmos outra pessoa, moldá-la ao nosso modo, assim não seria tão legal viver. E depois, não dá pra esperar que os outros mudem, temos que ser a mudança que queremos ver. Vai ver é por isso que ainda não me surpreendi, acho que não mudei.
Continuo aquele mesmo cara de sempre, sonhando alto, planejando, vivendo rodeado de gente, mas às vezes, só. É como estar numa multidão e não ver ninguém, não sentir a presença, o calor humano que está ao meu lado. Mais um fim de ano chegando, mais um pingo de aflição nesse judiado coração, porque, eu vou dizer viu, ainda estou pra ver alguém ser tão ferrado quanto eu. Vai ser confuso assim lá na China!
Mas, cada cabeça, uma sentença. Cada escolha, uma renúncia. Não dá pra ser diferente, e eu vejo a vida passeando, indo e voltando como um filme que passa em minha mente toda vez que o coração aperta. Acendo um cigarro, sento na beira da calçada e fico conversando comigo, falo, argumento, mas não tem jeito, nossa conversa não combina. Vejo na ponta do meu velho cigarro, a cinza queimar, cair e quando me dou conta, já se foi mais um. E é assim com a gente, como um cigarro, escolhido a dedo pra ser aceso, tragado e quando o tempo passar, já era. É o fim da linha.
2012 vem aí, prometendo muito, mas diante de mim, acabo nem criando tantas expectativas e acho que nem as mereço. PAREI DE FAZER PLANOS! Eles nunca deram certo comigo.
Agora eu to igual chuveiro velho, quase não ligo, e quando ligo, não esquento.
A palavra-chave é: RECOMEÇO.
E é assim que vai ser, não importa quantas vezes tenho que tentar. Eu vou recomeçar sempre. Fazer de antigos sonhos, os mais novos companheiros e quem sabe, algum dia eles também me vejam assim, companheiro.
No mais, eu só queria dizer que eu amo.

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